quarta-feira, janeiro 19

Um veículo é roubado a cada 2 horas em Goiânia

Nove veículos foram roubados ou furtados por dia em Goiânia em 2009. Ano passado, esse número subiu para 12, o que representa um a cada duas horas e aumento de 33%, segundo números da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (DERFRVA). Dados gerais da especializada dão conta de que ocorreram 4.288 furtos ou roubos em 2010, contra um total de 3.480 no ano anterior. O número crescente é uma das preocupações do novo comandante da Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (Rotam), tenente-coronel Carlos Henrique da Silva. Depois da solenidade de posse no comando da unidade, ontem pela manhã, disse que sua missão prioritária é combater o roubo de veículo. Silva resumiu como será a atuação da Rotam: “O desafio é reduzir a criminalidade na Capital, principalmente os furtos e roubos de veículos, que são um crime com incidência alta.”

O comandante afirma que a atuação da Rotam será na proteção ao policiamento comum. “Nosso trabalho principal é o recobrimento das viaturas. A Rotam tem mais poder de fogo, armamento mais pesado. Vamos trabalhar com o patrulhamento e em apoio aos outros policiais. Vamos dar prosseguimento ao que já era feito”, salienta. Sobre número de policiais da Rotam, o comandante diz que a unidade terá que aumentar o efetivo, mas isso não será feito imediatamente. O próprio comandante-geral calcula que há um déficit de 4 mil homens na Polícia Militar. “Na Rotam não é diferente. Vamos precisar de mais homens.” 

Mesmo assim ele garante que os policiais estarão nas ruas para inibir qualquer tipo de prática criminosa, principalmente o furto e o roubo de veículos. O aumento da frota é apontado como uma das causas para o aumento do roubo e do furto na Capital. Mas com a experiência adquirida em outras unidades da PM, o tenente-coronel acredita que terá bons resultados. Carlos Henrique da Silva já comandou o Grupo de Operações Especiais do Batalhão de Choque, serviu no Batalhão Rodoviário, comandou o grupamento de Aragarças e foi subcomandante da unidade de Iporá. Com a experiência adquirida na prática, diz que a eficácia da ação policial depende de policiamento ostensivo, visível nas ruas, e da capacidade de reação de outras unidades que possam dar apoio nas emergências. 

Sobre os desaparecimentos de pessoas abordadas por policiais, Carlos Henrique afirmou que todos os casos estão sendo investigados e que acredita que devem ser esclarecidos. Sobre a disparidade entre o número de mortes em abordagens, as polícias Civil e Federal, em comparação aos produzidos nas ações da Polícia Militar, disseram que o confronto do militar é com o bandido de arma na mão, em ação de alto risco, como em assaltos a banco. As outras polícias, segundo ele, têm tempo para investigar e planejar as ações com mais segurança. “A letalidade é mais alta porque vamos para o confronto direto. O policial fardado é um alvo e nossa atuação é direta.”

O antigo comandante da Rotam, major Renato Brum, assumiu o comando da 1ª Companhia. O comando do 7º Batalhão está a cargo do tenente-coronel Cláudio José dos Santos. O 13º Batalhão foi assumido por  Evenir da Silva Júnior e o 31º Batalhão, por Valdir Lima.

Interior
Balanço feito pela Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos no interior do Estado mostra que em 2010 foram registrados 1.717 roubos e 2.738 furtos de veículos, somando 4.455 casos. Em 2009, o total de veículos furtados ou roubados foi de 3.326. Isso mostra que o aumento de ocorrências foi de 34% fora da Capital. Também em 2010, foram recuperados 1.496 veículos no interior. 

Mais visados
Os veículos mais visados pelos bandidos continuam sendo o VW Gol, Fiat Uno e Fiat Strada, além das motocicletas Honda CG Titan 125cc ou 150cc. Os bairros da Capital onde a atuação é maior continuam sendo o Setor Bueno, Jardim América e o Centro da cidade. Cidade Jardim, Setor Oeste, Jardim Goiás, Setor Marista e Leste Universitário também figuram entre os primeiros da lista dos bairros onde a atuação de ladrões de carros é maior dentro de Goiânia. Apesar do alto número de ocorrências de veículos roubados, a média de recuperação passou de 47% em 2009 para 57% no ano passado.

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