terça-feira, junho 7

Furtos de veículos aumentam sete vezes no campus da USP.

O número de furtos de veículos dentro do campus da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, subiu 725% nos cinco primeiros meses deste ano comparado ao mesmo período de 2010. O crime é o que lidera o ranking de ocorrências registradas pela Polícia Militar no local.

Segundo estatísticas da PM, de janeiro a maio deste ano, foram somados 29 furtos de veículos e um carro roubado. Outros nove furtos e dois roubos a pedestres também foram registrados. O mês com maior ocorrência de furtos a carros foi em janeiro, com nove casos. Em 2010, foram quatro furtos de veículos, sete furtos, três roubos e nenhum roubo de veículo. Diante do aumento no índice de criminalidade no local, o coordenador do campus da USP, José Moacir Marin, manifestou interesse em implantar uma base da Polícia Militar dentro do complexo das universidades.
A medida foi aceita por representantes das oito unidades de ensino do campus. Porém, para dar continuidade nas negociações com a polícia, a assessoria de imprensa da universidade informou que a USP São Paulo necessita, primeiro, orientar o coordenador local sobre os trâmites legais da instalação dessa base.
Em nota, a universidade disse que o assunto será discutido com a PM para saber se há interesse nessa implantação. De concreto, até agora, houve somente a consulta as unidades de ensino.
De acordo com a Polícia Militar, a Corporação foi contatada pela universidade, por telefone, há duas semanas. Foi discutida a possibilidade de se fazer uma audiência pública para debater o assunto. A PM se colocou à disposição, mas até o momento não foi comunicada sobre a data da reunião e nem receberam contato formal da reitoria da USP.
O doutorando da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, Tenysson Will de Lemos, teve seu carro furtado em julho do ano passado. Ele entrou com o veículo no campus e o estacionou em um local com portões de entrada e saída e que, eventualmente, têm segurança. Para o aluno, a instalação da base deve intimidar a ação dos bandidos, mas não resolve o problema totalmente devido à extensão do local.
“Fui para o laboratório pela manhã e, ao retornar por volta das 19h, vi que meu carro já não estava mais lá. Acionei a Guarda Universitária e fiz um boletim de ocorrência, mas de nada adiantou. Nunca mais tive notícia do veículo”, disse. Lemos solicitou à universidade, através de um protocolo, as imagens de saída do carro e, dez dias depois, foi informado que somente as imagens de entrada poderiam ser cedidas, já que o equipamento do circuito interno havia queimado e não registrou a saída.
Em casos como este, de acordo com o advogado Fernando Corrêa da Silva, a universidade pode ser responsabilizada pelo furto, uma vez que o veículo estava estacionado em local que tem segurança própria (Guarda Universitária) e existe guarita. “A vítima pode entrar com ação de indenização no valor correspondente ao carro, pode pleitear os prejuízos causados pela ausência do veículo, conhecido como lucro cessante e pode, até mesmo, processar a universidade por danos morais", afirma.

FONTE: EPTV

Nenhum comentário:

Postar um comentário